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sábado, 30 de abril de 2011

ABC na educação cientifica

O VI Seminário ABC na Educação Científica tem por objetivo promover uma reflexão teórica e prática sobre o ensino de ciências e também apresentar para professores e estudantes de licenciatura o mais recente debate sobre a temática. No encontro, os participantes terão a oportunidade de mostrar suas atividades desenvolvidas nas escolas através de pôsteres, fazer oficinas interativas e dialogar com pesquisadores dos centros e museus de ciência do Brasil.

Desde 2005, neste encontro, pesquisadores, educadores, professores e estudantes promovem um intercâmbio de experiências no Brasil, além de fazer uma reflexão sobre as práticas de formação de professores.

Na região do Vale do São Francisco o evento tem a promoção da Academia Brasileira de Ciências – ABC e a organização do Espaço Ciência e Cultura, que é um Centro de Divulgação Científica da Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF. O ECC/UNIVASF é também um pólo de formação continuada de professores da educação básica, com foco na autonomia docente, criatividade, realização e construção de experimentos e atividades investigativas.

Os Guardiões da Biosfera

Este projeto é destinado às escolas de todo o Brasil, por meio de um desenho digital, 100% brasileiro, que conta com o apoio de material lúdico e didático, o projeto beneficia aproximadamente 8 milhões de crianças de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental que poderão aprender sobre os diversos biomas do Brasil, as características de sua flora e fauna e o que é preciso fazer para preservá-las.

“Os Guardiões da Biosfera” são distribuídos para cerca de 36 mil escolas públicas e particulares de todo o país, fazem parte da programação da TV Escola e são transmitidos para mais de 50 mil escolas brasileiras em parceria com o MEC.

O projeto "Os Guardiões da Biosfera" é desenvolvido especialmente para crianças de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental com o objetivo de levar conhecimento sobre as características da fauna e flora brasileira, sensibilizando educadores e alunos sobre a importância da preservação ambiental e do respeito à natureza. Cada episódio aborda um dos biomas existentes no Brasil, mostrando suas características e apresentando as principais reservas nacionais. Ao todo, são cinco biomas - Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado, Caatinga e Floresta Amazônica - reconhecidos e monitorados pela Unesco, organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura.

Patrocinada pela IP, com incentivo da Lei Rouanet, a animação é realizada por uma equipe de profissionais brasileiros. O projeto - desenvolvido pela Enjoy Arts e produzido pela Magma Cultural - prevê ainda o lançamento de mais uma aventura, na Floresta Amazônica.

"Os Guardiões da Biosfera" trazem um circuito de aprendizagem completo que contempla as perspectivas da escola, dos professores e dos alunos. "Incentivar a cultura, a educação e a preservação ambiental já faz parte e está incorporado à missão da International Paper", afirma o diretor Jurídico e Assuntos Corporativos da IP para a América Latina e presidente do Instituto International Paper, Ricardo C. Zangirolami.

O desenho animado apresenta as aventuras dos Guardiões da Biosfera - protagonizadas pelos personagens Alê, Bia, Rafa e Isa. As informações sobre a natureza e a importância da preservação ambiental são absorvidas facilmente pelas crianças, pois a animação usa uma linguagem de entretenimento, especialmente desenvolvida para o público infantil. Além do filme, que tem duração de 20 minutos, há 10 esquetes no formato "Você Sabia?", mostrando curiosidades sobre a fauna e a flora brasileiras. Os desenhos animados são produzidos utilizando modelagem em 3D. O cenário é uma mistura de técnicas com fotos, ilustrações e 3D.

O material de apoio foi desenvolvido por profissionais da área de educação e meio ambiente, especialmente para o projeto, e auxilia os educadores na preparação de atividades em sala de aula. Com abordagem lúdica e didática, o almanaque contém informações que podem ser utilizadas pelos educadores, como histórias sobre o folclore dos povos da região, desenhos, músicas e reportagens sobre o bioma que está sendo apresentado, além de instruções para a organização de diversos jogos e atividades ligadas à cultura regional e ao meio ambiente.

A International Paper distribuiu o kit "Os Guardiões da Biosfera" para 36 mil escolas públicas e privadas em todo o Brasil, além de quatro mil bibliotecas públicas. Os episódios também estão disponíveis para download gratuitamente no site http://www.guardioesdabiosfera.com.br/

Licenciatura em Ciencias da Natureza


A Academia Brasileira de Ciências enfatiza que “O ensino adequado de ciências estimula o raciocínio lógico e a curiosidade, ajuda a formar cidadãos mais aptos a enfrentar os desafios da sociedade contemporânea, dando condições para participar dos debates cada vez mais sofisticados sobre temas científicos que afetam nosso quotidiano”.
O principal objetivo é a qualificação profissional para os educadores que atuam/atuarão no Ensino Básico Fundamental (I e II) e demais profissionais da área das Ciências, levando-os ao conhecimento amplo e integrado das Ciências da Natureza.
Esse curso deverá capacitar o graduando para que ele atue como principal agente na formação dos alunos, não só estimulando sua curiosidade científica, mas, também, levando-os a exercer plenamente sua cidadania em relação à Natureza e à vida em sociedade, de forma consciente e crítica.

Ao concluir a Licenciatura em Ciências da Natureza, os formados poderão buscar especializações em qualquer área das Ciências da Natureza (Química, Biologia, Geologia, Geofísica, Meteorologia, Oceanografia e ainda em Matemática), em nível de graduação, tanto para licenciatura como para bacharelado, e em nível de pós-graduação, conforme as normas gerais da Universidade e as específicas de cada unidade.

As Ciências da Natureza estudam, de maneira integrada, física, química, ciências da vida e da terra, propiciando o conhecimento do funcionamento da natureza como um todo, além de abordar a cultura científica como eixo transversal.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Parque Nacional Serra da Capivara

O Parque Nacional Serra da Capivara está localizado no sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. A superfície do Parque l é de 129.140 ha e seu perímetro é de 214 Km. A cidade mais próxima do Parque Nacional é Cel. José Dias, sendo a cidade de São Raimundo Nonato o maior centro urbano. A distância que o separa da capital do Estado, Teresina, é de 530 Km.
A maneira mais rápida de chegar ao Parque é através de Petrolina, cidade do Estado de Pernambuco, da qual dista 300 Km. A cidade de Petrolina dispõe de um aeroporto onde opera atualmente a Gol, e a BRA, ligando a região com Recife, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

A criação do Parque Nacional Serra Capivara teve múltiplas motivações ligadas à preservação de um meio ambiente específico e de um dos mais importantes patrimônios culturais pré-históricos. As características que mais pesaram na decisão da criação do Parque Nacional são de natureza diversa:

- culturais - na unidade acha-se uma densa concentração de sítios arqueológicos, a maioria com pinturas e gravuras rupestres, nos quais se encontram vestígios extremamente antigos da presença do homem (100.000 anos antes do presente). Atualmente estão cadastrados 912 sítios, entre os quais, 657 apresentam pinturas rupestres, sendo os outros sítios ao ar livre (acampamentos ou aldeias) de caçadores-coletores, são aldeias de ceramistas-agricultores, são ocupações em grutas ou abrigos, sítios funerários e, sítios arqueo-paleontológicos;

- ambientais - área semi-árida, fronteiriça entre duas grandes formações geológicas - a bacia sedimentar Maranhão-Piauí e a depressão periférica do rio São Francisco - com paisagens variadas nas serras, vales e planície, com vegetação de caatinga ( o Parque Nacional Serra da Capivara é o único Parque Nacional situado no domínio morfoclimático das caatingas), a unidade abriga fauna e flora específicas e pouco estudadas. Trata-se, pois, de uma das últimas áreas do semi-árido possuidoras de importante diversidade biológica;

- turísticas - com paisagens de uma beleza natural surpreendente, com pontos de observação privilegiados. Esta área possui importante potencial para o desenvolvimento de um turismo cultural e ecológico, constituindo uma alternativa de desenvolvimento para a região.

Em 1991 a UNESCO, pelo seu valor cultural, inscreveu o Parque Nacional na lista do Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 2002 foi oficializado o pedido para que o mesmo seja declarado Patrimônio Natural da Humanidade.

O Parque Nacional Serra da Capivara é subordinado à Diretoria de Ecossistemas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), tendo sido concluída a sua demarcação em 1990. Em torno do Parque foi criada uma Área de Preservação Permanente de dez quilômetros que constitui um cinto de proteção suplementar e na qual seria necessário desenvolver uma ação de extensão. Em 1994 a FUMDHAM assinou um convênio de co-gestão com o IBAMA em 2002 um contrato de parceria com a mesma instituição.

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O Bioma Caatinga


Caatinga (do tupi: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre da paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco: a maioria das plantas perde as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. A caatinga ocupa uma área de cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).
Este bioma é o mais fragilizado dos biomas brasileiros. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem com que a caatinga esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes vem revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos
A vegetação da caatinga é adaptada às condições de aridez (xerófila). Foram registradas até o momento cerca de 1000 espécies, estimando-se que haja um total de 2000 a 3000 plantas. Apresenta vegetação típica de regiões semi-áridas com perda de folhagem pela vegetação durante a estação seca. Anteriormente acreditava-se que a caatinga seria o resultado da degradação de formações vegetais mais exuberantes, como a Mata Atlântica ou a Floresta Amazônica. Essa crença sempre levou à falsa ideia de que o bioma seria homogêneo, com biota pobre em espécies e em endemismos, estando pouco alterada ou ameaçada, desde o início da colonização do Brasil, tratamento este que tem permitido a degradação do meio ambiente e a extinção em âmbito local de várias espécies, principalmente de grandes mamíferos, cujo registro em muitos casos restringe-se atualmente à associação com a denominação das localidades onde existiram. Entretanto, estudos e compilações de dados mais recentes apontam a caatinga como rica em biodiversidade e endemismos, e bastante heterogênea. Muitas áreas que eram consideradas como primárias são, na verdade, o produto de interação entre o homem nordestino e o seu ambiente, fruto de uma exploração que se estende desde o século XVI.
Com relação à fauna, esta é depauperada, com baixas densidades de indivíduos e poucas espécies endêmicas. Apesar da pequena densidade e do pouco endemismo, já foram identificadas 17 espécies de anfíbios, 44 de répteis, 695 de aves e 120 de mamíferos, num total de 876 espécies de animais vertebrados, pouco se conhecendo em relação aos invertebrados. Descrições de novas espécies vêm sendo registradas, indicando um conhecimento botânico e zoológico bastante precário deste ecossistema, que segundo os pesquisadores é considerado o menos conhecido e estudado dos ecossistemas brasileiros.
Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagui-de-tufos-brancos, entre outros.

Ciência e tecnologia

A ciência e a tecnologia sempre estiveram muito próximas uma da outra. Geralmente, a ciência é o estudo da natureza rigorosamente de acordo com o método científico. A tecnologia, por sua vez, é a aplicação de tal conhecimento científico para conseguir um resultado prático. Como exemplo, a ciência pôde estudar o fluxo dos elétrons em uma corrente elétrica. Este conhecimento foi e continua sendo usado para a fabricação de produtos eletrônicos, tais como semicondutores, computadores e outros produtos de alta tecnologia.
Esta relação próxima entre ciência e tecnologia contribui decisivamente para a crescente especialização dos ramos científicos. Por exemplo, a física se dividiu em diversos outros ramos menores como a acústica e a mecânica, e estes ramos por sua vez sofreram sucessivas divisões. O resultado é o surgimento de ramos científicos bem específicos e especialmente destinados ao aperfeiçoamento da tecnologia, de acordo com este quesito podemos citar a aerodinâmica, a geotecnia, a hidrodinâmica, a petrologia e a terramecânica.
A história da tecnologia é quase tão antiga quanto a história da humanidade, e se segue desde quando os seres humanos começaram a usar ferramentas de caça e de proteção. A história da tecnologia tem, consequentemente, embutida a cronologia do uso dos recursos naturais, porque, para serem criadas, todas as ferramentas necessitaram, antes de qualquer coisa, do uso de um recurso natural adequado. A história da tecnologia segue uma progressão das ferramentas simples e das fontes de energia simples às ferramentas complexas e das fontes de energia complexas, como segue:
As tecnologias mais antigas converteram recursos naturais em ferramentas simples. Os processos mais antigos, tais como arte rupestre e a raspagem das pedras, e as ferramentas mais antigas, tais como a pedra lascada e a roda, são meios simples para a conversão de materiais brutos e "crus" em produtos úteis. Os antropólogos descobriram muitas casas e ferramentas humanas feitas diretamente a partir dos recursos naturais.
A descoberta e o conseqüente uso do fogo foi um ponto chave na evolução tecnológica do homem, permitindo um melhor aproveitamento dos alimentos e o aproveitamento dos recursos naturais que necessitam do calor para serem úteis. A madeira e o carvão de lenha estão entre os primeiros materiais usados como combustível. A madeira, a argila e a rocha (tal como a pedra calcária) estavam entre os materiais mais adiantados a serem tratados pelo fogo, para fazer as armas, cerâmica, tijolos e cimento, entre outros materiais. As melhorias continuaram com a fornalha, que permitiu a habilidade de derreter e forjar o metal (tal como o cobre, 8000 aC.), e eventualmente a descoberta das ligas, tais como o bronze (4000 a.C.). Os primeiros usos do ferro e do aço datam de 1400 a.C..